ARTE SOCIAL DO TORNAR VISÍVEL

Arte Social é uma forma de arte criada a partir de momentos coletivos, como o Scribing, o Scribing Generativo, o Storytelling e o Teatro da Presença Social.

Scribing é um dos nomes para a arte social do tornar visível, também conhecida como facilitação gráfica, registro gráfico, facilitação visual, pensamento visual.

Scribing é a ação de escutar e representar ideias visualmente e em tempo real, enquanto as pessoas falam, facilitando o aprendizado em grupo e a memória cultural. O Scribing Generativo amplia essa arte ao prestar atenção, não apenas nas vozes, mas também, no campo sensível de energia, nos relacionamentos entre as pessoas e no potencial de um sistema.

Os scribes ou facilitadores gráficos escutam e desenham simultaneamente, criando grandes imagens que integram conteúdo, estimulam insights e auxiliam na tomada de decisões.

O Scribing pode ser dividido em 4 níveis e Kelvy Bird criou uma imagem para representar essa divisão. Inspirada pela imagem original criada por ela para representar esses níveis e por versões dela traduzidas para Espanhol, Chinês e Francês fiz a tradução visual livre para Português.
 
Os diferentes Níveis de Scribing estão a serviço de pessoas, comunidades, organizações e são igualmente importantes, apenas acontecem em diferentes níveis de profundidade, se conectam a diferentes sensibilidades de escuta, de sentir, de perceber e podem ser ofertados em diferentes contextos.

É importante buscar a combinação dos Níveis de Scribing com a necessidade de cada momento e, muitas vezes, diferentes níveis podem estar juntos em uma mesma imagem.

Os 4 Níveis de Scribing apresentados por Kelvy em seu Livro Generative Scribing | A Social Art of the 21st Century de 2018, de uma forma bem simples e resumida são:

1 Espelhar, criar imagens a partir de palavras e da escuta downloading, confirmando e refletindo o que já sabemos. Pode ser interessante em conferências em que as apresentações são mais curtas e diversas pessoas compartilham seus pensamentos e experiências.

2 Diferenciar, criar imagens interpretando e dando sentido às palavras a partir da escuta factual, buscando perceber diferenças e informações que possam desconfirmar o que pensamos que sabemos. Pode ser interessantes em discussões em painéis, palestras acadêmicas, negociações, planejamentos estratégicos e em mapeamento de sistemas.

3 Conectar, criar imagens com significado e relacionar ideias a partir da escuta empática, buscando a conexão emocional, com o coração e com o corpo todo e atenção na totalidade. Pode ser interessante em storytelling, diálogo e mapeamentos em geral.

4 Deixar emergir ou trazer à tona, criar imagens que revelam o que quer se tornar visível e conhecido a partir da escuta generativa, buscando perceber e descobrir a maior potencialidade para os sistemas que estamos a serviço. Conexão com a fonte, com os campos sociais e com os relacionamentos e a energia presentes neles. Pode ser interessante em processos de mudança, cenários intersetoriais e com multi-stakeholders e em contextos de transformação da sociedade.